A busca por métodos extraordinários de emagrecimento é tão comum quanto o desejo de perder peso. A Dieta da Maçã é um exemplo disso, despertando interesse entre nutricionistas.
A questão que se coloca é se essa abordagem realmente funciona ou se trata apenas de mais uma estratégia restritiva que resulta em perda de peso, mas não necessariamente em benefícios para a saúde. Afinal, a maçã é uma fonte vital de nutrientes, proporcionando vitaminas, minerais, antioxidantes e fibras, juntamente com carboidratos complexos.
.
Como funciona?
Vamos inicialmente compreender o que caracteriza essa dieta e seu funcionamento. Essencialmente, ela envolve consumir exclusivamente maçãs no primeiro dia e uma maçã antes de todas as refeições nos dias dois a cinco, com o intuito de reduzir o apetite.
Nesses dias, não todos os grupos alimentares são permitidos nas refeições. A razão é simples: devido à abundância de fibras, vitaminas, minerais e antioxidantes, a maçã pode contribuir para aumentar a saciedade e, por conseguinte, diminuir o desejo por uma ingestão excessiva de calorias.
Normalmente, a dieta estabelece um limite máximo de 1,5 kg de maçã por dia, acompanhado da inclusão de alguns outros alimentos permitidos, como vegetais folhosos, outras frutas, laticínios e carnes magras. Isso delineia os primeiros parâmetros e restrições dentro da dieta da maçã.
Alimentos permitidos:
- Cereais integrais
- Alimentos lácteos desnatados
- Frutas, legumes e verduras
- Carnes magras
- Peixe
- Ovos
Alimentos proibidos:
- Grãos que não sejam integrais
- Pães e bolos
- Frituras
- Refrigerantes
- Doces
É perigoso?
As dietas restritivas, apesar de resultarem em perda de peso, são intrinsecamente insustentáveis, como evidenciado pela breve duração de apenas cinco dias no caso da dieta em questão.
Diversos estudos apontam, inclusive, para um aumento significativo no ganho de peso em indivíduos submetidos a esse tipo de padrão alimentar.
Por esse motivo, é aconselhável buscar orientação nutricional com o intuito de adotar uma abordagem de reeducação alimentar. Essa abordagem permite a melhoria da relação com o corpo e a alimentação, priorizando acima de tudo a preservação da saúde.
Além disso, dietas como a da maçã, ao propiciar longos períodos de restrição calórica, com irregularidades na ingestão alimentar e insuficiente aporte de nutrientes, dificultam consideravelmente a prática regular de atividades físicas, distanciando ainda mais a pessoa de uma perda de peso consistente a médio/longo prazo.
Em contraste com a baixa ingestão de nutrientes, o estresse psicológico tende a aumentar, afetando consequentemente o funcionamento do organismo.
Informações da matéria são do site GE Globo.