O ovo é um dos alimentos mais apreciados por atletas e praticantes de musculação, sendo cada unidade uma fonte de aproximadamente 6 gramas de proteína, um nutriente essencial para a reparação e desenvolvimento muscular.
Contudo, surge a questão: aumentar significativamente o consumo de ovos na dieta realmente favorece o ganho de massa muscular?
Segundo a Dra. Marcella Garcez, médica nutróloga e diretora da Associação Brasileira de Nutrologia, é necessário adotar cautela ao consumir quantidades elevadas desse alimento.
QUANTOS OVOS POR DIA DEVO CONSUMIR?
No que diz respeito à quantidade diária recomendada, a Dra. Marcella alerta que fatores como sexo, peso, altura e intensidade da atividade física influenciam nas recomendações.
Em linhas gerais, a orientação é que um adulto consuma de 1 a 3 ovos por dia, independentemente da prática de exercícios.
Qualquer consumo acima desse limite deve ser acompanhado por um profissional especializado, pois o excesso de ovos na dieta pode acarretar riscos à saúde.
A Dra. Deborah Beranger, endocrinologista com pós-graduação em Endocrinologia e Metabologia pela Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro (SCMRJ), destaca possíveis consequências negativas do consumo excessivo de ovos, como alterações no perfil lipídico, ganho de peso e sobrecarga renal por excesso de proteína.
Apesar desses alertas, a Dra. Beranger ressalta que o ovo é um alimento rico em proteínas, vitaminas e é benéfico para o sistema imunológico.
Ela enfatiza que a recomendação de ingestão diária de proteínas varia conforme o estilo de vida, sugerindo que uma pessoa sedentária consuma cerca de 0,8 gramas de proteína por quilo, enquanto aqueles que buscam hipertrofia e massa muscular podem consumir de 1,2 a 2 gramas por quilo, dependendo das necessidades individuais.
OUTRAS FONTES DE PROTEÍNAS
Além do ovo, a Dra. Beranger destaca a importância de considerar outras fontes de proteína na dieta diária, como carnes vermelhas e brancas, peixes, oleaginosas, quinoa, leite e derivados.
Ela ressalta que as proteínas de origem animal têm melhor absorção pelo organismo em comparação com as de origem vegetal.
Por fim, tanto a Dra. Marcella Garcez quanto a Dra. Deborah Beranger reforçam a importância de buscar orientação de um profissional especializado para determinar a quantidade ideal de proteína a ser consumida, levando em consideração diversos fatores individuais e evitando riscos à saúde.
Com informações de Terra.